Juju - a dona do pedaço

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JUJU - a dona do pedaço

Família de Peludos

Família de Peludos
"Este blog é feito com muito carinho. Nasceu da vontade de compartilhar

experiências, textos, conhecimentos, dicas a partir da convivência com felinos;

de descobrir como as pessoas em diferentes partes do mundo convivem com esses seres fascinantes.

A família vai adorar que você deixe um comentário.

Entre e fique à vontade... "



domingo, 13 de dezembro de 2009

Animais - Por que nós os amamos

Por que nós os amamos


Mesmo que, em troca, eles apenas nos suportem. É difícil resistir ao encanto dos gatos, ao vivo ou no YouTube. E existe até uma explicação científica: eles usam o "fator fofura" para nos dominar


Suzana Villaverde


Quem entrar no YouTube e digitar "gatinhos" terá material suficiente para passar umas sete vidas assistindo a vídeos de aventuras protagonizadas pelos seres mais graciosos do planeta. Nem os adoráveis cães, os mais populares animais de estimação, nem os poderosos leões, o símbolo universal da vida selvagem (embora sejam, basicamente, uns gatos grandes), competem com os felinos domésticos em matéria de acessos. Conhecidos pelo distanciamento filosófico que mantêm em relação ao mundo dos humanos, os bichanos têm se mostrado celebridades bem acessíveis: tocam piano, enfiam-se em lugares impossíveis, atacam impressoras e demais objetos semoventes com total naturalidade diante das câmeras. Com a proliferação dos vídeos e dos admiradores – no Brasil, são 16 milhões de bichanos de estimação –, o negócio de gatos também exibe fôlego. Uma de suas variantes mais bizarras, embora igualmente irresistível, é a dos gatos de peruca: você pega uma cabeleira falsa, implora que o bicho condescenda em participar e, nos poucos segundos que se passam antes que o acessório voe no ar, fotografa-o. A americana Julie Jackson, 45 anos, foi pioneira do ramo. Há dois anos, criou um site de fotos de gatos de peruca em cores engraçadas. Hoje, vender perucas para gatos é fonte de renda. "Sempre gostei de fotografar gatos. As perucas vieram naturalmente, para ficar mais engraçado", diz Julie, que comercializa as peruquinhas a 50 dólares cada uma e tamanho único ("tamanho de gato"). Nesta época do ano, com o Natal chegando, as vendas aumentam. "Gatos são vaidosos e adoram saber que estão lindos. Mas nem todos aceitam a brincadeira." Dos que aceitaram, 25 foram selecionados como modelos para o livro Glamourpuss. "Três ficaram de fora porque não entenderam a ideia", brinca Julie, dona de dois gatos com personalidades opostas: Boone, exibido, está na capa do livro e também dentro, de peruca encaracolada e óculos quadrados; já Tito "não quis aparecer por ser muito tímido". A propósito: Chicken, o carismático bichano de peruca rosa, com presença comparável à de uma Naomi Campbell, já não está entre nós – foi para o céu felino antes mesmo do lançamento do livro.



Os gatos fascinam os humanos, e não é apenas pela aura de mistério (ou, na definição de Jorge Luis Borges: "Por obra indecifrável de um decreto / divino, te buscamos inutilmente / mais remoto que o Ganges e o poente / tua é a solidão, teu é o segredo"). Com olhos grandes e puxados, cara pequena, focinho achatado e corpo macio, eles se encaixam num conjunto de características chamado de "esquema bebê" pelo biólogo austríaco e prêmio Nobel Konrad Lorenz, que nos anos 40 traçou e explicou pela primeira vez a semelhança. O "fator fofura", como é chamado, é formado por um conjunto de feições que lembram as de um bebê e que, por ditames autoexplicativos da sobrevivência da espécie, apareça onde aparecer, sempre desperta nos humanos imediata sensação de afeto e impulsos protetores. "O cérebro humano responde de maneira positiva a essas feições. Estejam elas num bebê, num gato ou num filhote de panda, todos vão estimular proteção e cuidados", explica a bióloga Melanie Glocker, especialista em neurociência social do Instituto de Biologia Comportamental da Universidade de Münster, na Alemanha. Por desencadear reações irresistíveis, o "fator fofura" desponta em toda parte (inclusive naquelas que envolvem o uso de cartões de crédito) e vai além de um simples conjunto de feições. "Qualquer objeto ou mesmo uma palavra fofinha ativa o sistema de recompensa do cérebro que libera dopamina e imediatamente nos faz sentir bem. É uma felicidade instantânea", diz a bióloga alemã. É esse princípio que comanda as reações positivas diante de coisinhas miúdas (e caras) como o Beetle, da Volkswagen, ou o 500, da Fiat.


Em nenhum outro país o apego à fofurice chegou tão longe quanto no Japão de Pokémon e Hello Kitty (esta, por sinal, uma gatinha). O conceito de kawaii, nome dado a tudo o que é fofo e meigo, é a mola propulsora da inesgotável cultura pop japonesa. "Quando a pessoa se torna adulta no Japão, existe muita pressão social. A cultura kawaii, o fascínio pelas coisas fofas, as mascotes, tudo o que é colorido, permite esquecer um pouco a realidade e prolongar a infância", avalia a bailarina Akemi Matsuda, que morou no Japão até os 18 e hoje vive em São Paulo, sempre guiada pela fofurice.

Nada mais normal, portanto, que felinos japoneses dominem o YouTube. Maru, o gato que fica entalado numa embalagem de latas de refrigerante, entre outras estripulias, tem mais de 100 vídeos. E seu próprio site, é claro. É difícil resistir ao ser descrito como "pequeno imperador sem orbe, conquistador sem pátria, mínimo tigre de salão, nupcial sultão do céu das telhas eróticas", nas fascinadas palavras do poeta chileno Pablo Neruda em sua Ode ao Gato, citada na ponta da língua por todos os felinomaníacos. A elegância, a agilidade e a capacidade de se meter em todo tipo de situação absurda – e sair dela com ar de solene superioridade – alimentam o star power dos gatos. "São bichos extremamente curiosos que desenvolvem várias manias e, por isso, são tão engraçados de observar", diz a veterinária Luciana Deschamps, dona de uma clínica especializada em felinos e anfitriã, em casa, de nove bichanos. "Gatos dificilmente aprendem truques, porque são muito independentes. Se fazem alguma coisa, é porque querem", explica. A quem assiste, resta se render e achá-los a coisa mais fofa do mundo.




PROFESSOR SABICHANO




Freud disse que os donos de gatos os escolhem na tentativa inconsciente de adquirir suas características. Aqui, dez coisas que podemos aprender no convívio com eles, apontadas pela veterinária e gatófila Luciana Deschamps

1 Relaxar "Gatos adoram uma preguiça e sabem aproveitar cada minuto em que ficam sem fazer nada"

2 Aproveitar o momento "Gatos fazem coisas divertidas mesmo quando não têm plateia"


3 Explorar "Eles querem saber tudo, ver tudo, mexer em tudo, e assim descobrem o que preferem"


4 Ter autossuficiência "Para o gato, ser independente não significa amar menos o dono, mas apenas não ser radicalmente dependente dele"

5 Mover-se "Não há andar mais elegante no reino animal que o jeito silencioso e suave dos felinos"


6 Alongar-se "Saber se esticar é fundamental para quem quer desbravar o espaço ao seu redor"

7 Comer com prazer "Gatos aproveitam ao máximo o alimento. Cheiram, brincam e só depois comem. É o gosto de experimentar coisas novas"


8 Ocupar espaços "Por que se deitar num cantinho, se você pode ocupar a cama inteira?"


9 Observar "Humanos acham que eles não prestam atenção, mas quase tudo o que os gatos aprendem é observando os donos"


10 ter vontade própria "O gato não se submete. Deve pensar: ‘Pobre bípede, acha que vou fazer isso só porque ele quer’. E não faz"




http://veja.abril.com.br/161209/por-que-nos-amamos-p-092.shtml

domingo, 6 de dezembro de 2009

ACIDENTES DOMÉSTICOS

Por mais que tentemos proteger nossos fofuchos, infelizmente alguns imprevistos nos pegam desprevenidos.
Na sexta-feira fiz uma limpeza no quintal. Retirei algumas plantas, folhagens e amontoei na lateral da garagem. É claro que tive supervisão direta dos meus pequenos amiguinhos, que faziam a festa com cada galho e folhas que ia amontoando. Quer coisa melhor do que se esconder no meio das folhagens e pegar os irmãos no susto?
Pois é.
No sábado, meu sobrinho levou um tombo. Preocupados, meu irmão e minha cunhada levaram o bebê ao Pronto Socorro, pois ele não parava de chorar.
Após ser examinado e radiografado, constatou-se que não sofrera nenhum dano. Graças a Deus!
Na volta, meu irmão abriu o portão da garagem para colocar o carro.
Só que ninguem poderia imaginar que a Lili estava deitada no meio das folhagens.
Não consigo imaginar o sequer  que aconteceu. Vi a gata deitada no chão da cozinha, ensanguentada, sangue saindo pelo nariz e boca, a vasilha de água da Laica espalhada pelo chão e meu irmão desesperado, gritando que havia atropelado a Lili.
Minha reação foi de correr, pegar uma toalha e levá-la urgente ao veterinário. Chorava de ver o estado que estava. Meu irmão desesperado pedindo desculpas para a Lili; ela fechando os olhos, colocando sangue pela boca e nariz.
Por um momento, pensei que ela tivesse morrido.
Comecei a rezar e, em meio às lágrimas, consegui chegar ao veterinário.
Deixei meu irmão em frente à clinica e fui estacionar o carro. Voltei corrrendo ao consultório. Ela já estava sendo atendida pelo médico na sala de emergência.
Via sua carinha sem entender o que estava acontecendo, sua respiração acelerada. Cada fechada de olhos que ela dava sentia que a estava perdendo.
Como a vida é fragil e como a gente é impotente diante de uma situação como esta.
O doutor compenetrado, nem percebeu minha presença.  Procurou estabilizar a gatinha, enquanto a apalpava, na tentativa de  fazer um diagnóstico. A clínica mais próxima com raio x já estava fechada.
Examinou o reflexo das pupilas, sensibiliddade das patinhas e cauda. Auscultou o coração, pulmão e órgãos internos. Medicou mais uma vez. Agora era aguardar. Deixei Lili em observação em meio à lágrimas de tristeza, de incorfomismo, de absoluta impotência.
Pediu que eu retornasse em 2 horas. Caso acontecesse algo pior ele me ligaria.
Nem preciso falar quanto tempo levou para passar essas horas.
Imaginar perder Lili, dava uma sensação de buraco dentro do peito. A família nunca mais ficaria completa: Fefê, Bibi, Juju, Laica... não podia ficar faltando a Lili.
Estava para sair de casa quando o telefone tocou. Era o médico! Gelei! Mas a notícia era boa. A Lili estava melhorando.
Não lembro de quanto tempo levei para chegar à clinica. Entrei na emergência e lá estava a minha Lilica, com aqueles olhos grandes, verdes, aguardando quietinha.
O médico não constatara nenhuma fratura, nenhum dano neurológico. Pediu que eu a observasse e que a troxesse logo pela manhã. Embrulhei Lili na toalha e a trouxe nos braços como se ali, no meio daqueles panos, estivesse o mais precioso dos bens. Vim conversando com ela, protegendo-a, mostando que ela estava segura e que ficaria boa.
Durante a noite acordei por várias vezes pra ver como ela estava. Graças a Deus e ao doutor ela melhorou.
Levei novamente à clinica pela manhã, já bem mais aliviada.
Agora é só aguardar a recuperação.



sábado, 28 de novembro de 2009

CONDUTA DIANTE DE UM GATO COM OBSTRUÇÃO URETRAL

Heloísa Justen M. de Souza

O exame clínico acurado do gato com uropatia obstrutiva irá depender do seu temperamento e da severidade e tempo da obstrução uretral.

Para a inspeção da uretra peniana, implica na retração do prepúcio e exposição do pênis. Aconselho a contenção química do gato para a obtenção de um melhor manejo, com o emprego do cloridrato de quetamina associada ao diazepam, administrados por via endovenosa. Desta forma, observamos cuidadosamente a presença ou não de tampão uretral ou urólito na porção distal da uretra peniana. Estes podem ser removidos através de massagens suaves no pênis do gato. Caso não se obtenha sucesso com esta manobra, verifica-se se a vesícula urinária está muito repleta. Uma descompressão da bexiga superdistendida, por meio da cistocentese, pode facilitar a repulsão de tampões ou urólitos para o interior da vesícula urinária e diminuir a pressão intra-uretral.

O terceiro passo é a introdução da sonda no lúmem uretral até alcançar a oclusão mecânica (tampão, urólito, coágulos etc...). A porção proximal da sonda uretral deve ser arredondada e lubrificada com lubrificante estéril. As sondas ou cateteres uretrais de polipropileno "Tomcat catheters – open end" são as preferidas para desobstrução uretral em gatos. Quantidades copiosas de solução salina estéril são impelidas sob pressão, deixando que ocorra o escoamento do líquido ao redor da sonda. Após administrar soro pela sonda, o qual reflui, verificamos se este volume de líquido foi necessário para amolecer os tampões uretrais, por meio de uma ligeira compressão manual da vesícula urinária criando uma pressão intra-uretral. Na minha experiência, a maioria dos tampões uretrais são expelidos da uretra após esta manobra, não havendo necessidade de cateterizar toda a uretra, pois o local mais comum de obstrução uretral é na uretra peniana, que apresenta um diâmetro interno em média de 0,7mm.

No entanto, alguns gatos não conseguem ser desobstruídos e realiza-se um quarto procedimento, onde a uretra é ocluida distalmente e a solução salina é impelida, forçando o tampão uretral para o interior da vesícula urinária. Este procedimento feito de forma incorreta é responsável pelo grande número de gatos que chegam ao Hospital Veterinário da UFRRJ com ruptura de uretra e extravasamento de urina pelo tecido celular subcutâneo. A sonda uretral deve penetra cerca de 1,0 cm no interior da uretra peniana, depois o pênis deve ser tracionado dorsocaudalmente fazendo com que a uretra fique paralela à coluna vertebral, viabilizando a cateterização mais proximal da uretra, não havendo impedimento da curvatura pélvica. Estando a uretra cateterizada, remove-se a urina da bexiga e introduz-se uma solução salina, retirando posteriormente a solução, repetindo o procedimento até que o líquido venha claro e sem debris. A vesícula urinária é gentilmente comprimida e verificamos o calibre do fluxo urinário.

Texto extraído do site: http://www.petsite.com.br/

PROCEDIMENTOS PARA TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA DTUIF (Doenças do Trato Urinário Inferior de Felinos).

Heloísa Justen M. de Souza

No caso de o gato não aceitar a ração comercial, existem alguns procedimentos medicamentosos e alimentares para o tratamento e prevenção da DTUIF.

As recomendações terapêuticas nos gatos que estejam apresentando sinais clínicos de DTUIF de causa desconhecida, são limitadas em função da natureza idiopática desta enfermidade. No entanto, evidências pragmáticas demonstram que o uso de acidificantes urinários para eliminação ou redução dos cristais de estruvita (fosfato amoníaco magnesiano) parece contribuir para a remissão clínica deste distúrbio. O pH urinário do gato deve ser mensurado, principalmente duas a quatro horas após as refeições, para se verificar a necessidade de acidificantes urinários. O objetivo é a manutenção do pH urinário numa faixa de 6,25 a 6,4, pois aumenta a solubilidade dos cristais de estruvita.

Os gatos que não aceitam rações comerciais sejam elas secas ou úmidas, devem ser suplementados após a ingestão de sua dieta habitual com acidificantes urinários efetivos, tais como cloreto de amônio (300mg/kg/dia), Dl-metionina (1g/kg/dia), cloreto de cálcio (85mg/kg/dia) ou ácido fosfórico (125mg/kg/dia). As doses destes acidificantes devem ser ajustadas com cautela para cada gato individualmente. A dose inicial de cloreto de amônio e Dl-metionina deve ser de 100 a 200 mg/Kg/dia incorporada ao alimento, aumentando cuidadosamente, até obter-se o pH urinário desejado. O efeito da dieta no pH urinário depende do seu consumo, do metabolismo do animal e da dose de acidificante. A dosagem total do acidificante deve ser sempre fracionada no período de vinte e quatro horas, administrando-se após cada refeição.

O segundo ponto para aumentar a solubilidade dos cristais de estruvita refere-se ao aumento de ingestão de água pelo animal, que pode ser obtido através da mistura de caldos de carne ou peixe ao seu alimento, bem como incentivar o gato fornecendo a água de acordo com a sua predileção: vasilha sempre cheia de água, água renovada diariamente, até mesmo, água corrente da bica, dentre outras.


Texto extraído de: http://www.petsite.com.br/

FIV - UM MAL QUE NÃO ACOMETE O HOMEM

Heloísa Justen M. de Souza


A síndrome de imunodeficiência adquirida nos gatos domésticos induzida pelo vírus da imunodeficiência felina vem ganhando um destaque todo especial na medicina veterinária, pois propicia o estabelecimento de modelos experimentais ao estudo da patogenia dos lentivírus 9,34.

As pesquisas científicas mostram que os gatos são infectados por retrovírus representantes das três subfamílias: 1) Spumavirinae – tendo como representante o vírus formador de sincicio felino (FeSFV), que induz a uma infecção persistente, mas não aparente, sem evidência de patogênese ao hospedeiro; 2) Oncornavirinae – incluindo o vírus da leucemia felina (FeLV) e do sarcoma felino (FeSV); e 3) Lentivirinae – compreendendo o vírus da imunodeficiência dos felinos (FIV) 9.

O vírus da imunodeficiência dos felinos foi isolado pela primeira vez por pesquisadores norte-americanos em 1986, embora seja provável que exista já há algum tempo22. Este vírus pertence à mesma subfamília do HIV — causador da síndrome da imunodeficiência adquirida humana (AIDS). Inúmeros estudos estão sendo realizados e indicam que, apesar de ambos os vírus pertencerem à mesma subfamília, eles são distintos20,28. O FIV é similar ao HIV morfologicamente e nas estruturas das proteínas, mas difere antigenicamente e na especificidade da espécie18. O FIV é altamente espécie- específico, ou seja, só se replica em células felinas23. Ao penetrar na célula, o vírus induz à transcrição reversa, processo pelo qual o DNA viral é copiado a partir do seu RNA, com a participação de uma enzima denominada transcriptase reversa9. Esta cópia do DNA do genoma vírico incorpora-se ao DNA cromossômico da célula hospedeira27. A transcriptase reversa do FIV, comparada com a transcriptase de outros lentivírus, necessita do íon de magnésio, e difere da transcriptase reversa do HIV, na seqüência primária dos aminoácidos, porém seus genes compartilham de 40 a 65% de homologia genética20.

Os estudos soroepidemiológicos demonstram que o lentivírus felino está disseminado na maioria dos países do mundo inteiro e revelam que a prevalência da infecção varia de acordo com as diferentes localizações geográficas2,12,24,26.

MODO DE TRANSMISSÃO


O FIV está presente na saliva, sangue, soro, plasma, bem como no líquido cerebrospinal dos gatos infectados16,23. O vírus encontra-se em quantidades bem menores no sêmen e no leite3. A forma de transmissão natural mais comum do vírus nos gatos é feita através da mordedura23,27,30. Em seu efeito, a mordedura atua como uma injeção de saliva contendo o vírus, sendo a saliva o principal veículo de propagação do FIV30. A transmissão vertical da infecção pelo leite pode ocorrer se as gatas forem infectadas durante a gestação27. Não tem sido documentada a transmissão transplacentária, como também, não foram bem sucedidas as tentativas de transmissão venérea sob condições naturais ou experimentais3,23.

Os gatos que constituem o grupo de risco são os de idade superior a 6 anos, machos, com acesso à rua e a outros gatos, estando mais sujeitos às brigas (Fig. 1) 3,24.

O FIV apresenta um tropismo celular pelos linfócitos T-helper com marcadores de superfície para antígeno CD4 (grupos determinantes antigênicos para designar os grupos químicos particulares de uma molécula que lhe conferem a especificidade antigênica), à semelhança da infecção pelo HIV21,32,33. O FIV infecta células negativas para determinante antigênico CD4, tais como: células renais Crandell felinas, linfócitos CD8, linfócitos B, astrócitos, monócitos, macrófagos, células dendríticas1,3.

É postulado que o vírus seja englobado, processado e apresentado pelas células dendríticas aos linfócitos T CD4 pertencentes aos linfonodos de drenagem3. Acredita-se que esta apresentação ocorra nos linfócitos T dos folículos corticais30.

O esgotamento e a disfunção nas células dendríticas ocorre antes que se produza qualquer efeito nos linfócitos T27,30. Nota-se após a infecção, uma diminuição lenta porém progressiva dos linfócitos T CD4, levando a uma diminuição da razão CD4/CD8, aumento da produção de interleucina 6 (IL6) pelos macrófagos, ocorrendo também a hipergamaglobuminemia, devido ao aumento policlonal das células B27,30.

ESTÁGIOS CLÍNICOS DA INFECÇÃO PELO FIV

Para delinear o curso clínico da infecção pelo FIV, traçou-se uma série de 5 estágios distintos: fase aguda, portador assintomático, persistente linfoadenopatia generalizada, complexo relacionado à AIDS e a AIDS felina propriamente dita3,23,27.

Estágio I: fase aguda
Nas inoculações experimentais do FIV em gatos verificou- se que a fase aguda se inicia 4 a 6 semanas após a infecção27. A fase aguda caracteriza-se por febre com duração de vários dias e leucopenia, que dura de 4 a 9 semanas18. Entretanto, muitos gatos passam pela fase aguda sem sinais clínicos da doença3. Ocasionalmente, nessa fase, os animais apresentam sepse, anemia, diarréia e doenças mieloproliferativas15,27. Os achados histopatológicos incluem hiperplasia dos centros germinativos nos órgãos linfóide, infiltração dos gânglios linfáticos por células plasmáticas e metaplasia mieloide do baço25. Este estágio é dificilmente diagnosticado nos gatos infectados30.

Estágio II: portador assintomático
A maioria dos animais sobrevive a fase aguda da infecção e evolui para a fase de portador assintomático por um longo período de tempo15,23,30. No entanto, os achados hematológicos e os valores dos números dos subgrupos de linfócitos destes gatos podem apresentar alterações, quando comparados com os gatos não infectados pelo FIV31. A diminuição relativa dos neutrófilos, dos linfócitos totais e dos linfócitos CD4, bem como a diminuição da razão CD4/CD8 e o aumento das células B, estão associados estatisticamente com os gatos portadores assintomáticos para o FIV31. As mudanças histopatológicas consistem em infiltrados linfocitários leves em muitos órgãos e inflamação do ceco3.

Estágio III: persistente linfoadenopatia generalizada
Observações clínicas demonstraram que existem alguns gatos infectados pelo FIV, cuja única forma de manifestação clínica é uma persistente linfoadenopatia generalizada, sugerindo que seja um estágio da infecção do FIV (Fig.2) 18.

Estágio IV: complexo relacionado à AIDS
O quarto estágio é denominado complexo relacionado à AIDS (CRA)23. Os animais manifestam doenças de natureza crônica, tais como: doenças dermatológicas, respiratórias ou doenças entéricas3,12,23,30. As gengivites, estomatites e periodontites têm sido sinais clínicos mais comuns entre gatos infectados pelo FIV (Fig.3) 27,30. Num grau menor de freqüência, alguns gatos apresentam infecção do trato respiratório superior, perda de peso, otites externas, abscessos, feridas de difícil cicatrização, febre, diarréia, alterações hematológicas (anemia, linfopenia, neutropenia e trombocitopenia), neoplasias e doenças neurológicas (Fig.4)3,27,30. Pode-se diferenciar os gatos com CRA dos gatos portadores assintomáticos pelo aumento das células CD831. Nas enfermidades típicas, quando os gatos infectados pelo FIV são comparados com os gatos não infectados, afetados de forma semelhante, observa-se que os gatos infectados pelo FIV seguem mantendo uma diminuição na percentagem do número total de linfócitos T, uma diminuição no número de CD4 e uma diminuição na relação CD4/CD8, junto a um aumento do número das células B31. Neste estágio clínico as alterações histopatológicas demonstram uma atrofia ou uma hiperplasia linfóide6,27. Uma diferença observada entre gatos infectados pelo FIV e os gatos não infectados é o grau de plasmocitose moderada presente25.

EstágioV (terminal): síndrome da imunodeficiência adquirida
Geralmente, após o quarto estágio, os gatos exibem a doença de forma progressiva e desenvolvem uma síndrome similar à AIDS humana7. Alguns autores classificam os gatos infectados pelo FIV no quinto estágio, quando estes desenvolvem enfermidades potencialmente letais como linfoma, insuficiência renal ou criptococose (Fig. 5 & Fig.6) 30. Este último estágio está marcado pela redução das células B com um nível persistente baixo de CD46,31. Freqüentemente, nos gatos infectados pelo FIV nota-se anemia e azotemia irresponsiva aos tratamentos34. Os animais apresentam rins pequenos, hipotermia e esgotamento das funções orgânicas (Fig.7) 29. Observa-se uma infiltração linfocitária nos rins, pulmões e cérebro em gatos infectados pelo FIV29,30. Estudos preliminares têm sugerido que a infecção direta dos linfócitos produz uma transformação neoplásica na célula23,27. O diagnóstico patológico da AIDS é baseado na presença de depleção linfóide generalizada e infecção de natureza oportunista ou neoplasia maligna15. Os gatos com AIDS extenuam por um período de 1 a 3 meses, evoluindo para o óbito3,30.


DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da infecção pelo FIV baseia- se na detecção do vírus infectando linfócitos T ativados no sangue periférico ou pela amplificação da seqüência de ácidos nucléicos do FIV- provírus, no sangue periférico ou em outras células pela reação em cadeia da polimerase (PCR)3,16.

De modo geral, a demonstração de anticorpos séricos frente às proteínas do vírus dos gatos infectados tem sido o meio de diagnóstico mais empregado para a detecção da infecção pelo FIV 3,12,17,16,24. Os relatos revelam que os anticorpos circulantes dos gatos infectados pelo FIV aparecem 2 a 4 semanas após a infecção e são detectáveis durante toda a vida do animal 3,12,23. Isto deve- se ao fato dos gatos não se recuperarem da infecção, existindo uma correlação direta da presença do anticorpo com a presença do vírus12,17. As técnicas utilizadas para detecção dos anticorpos circulantes dos gatos infectados pelo FIV são a imunofluorescência indireta (IFA), o teste imunoenzimático (ELISA), a radioimunoprecipitação (RIPA) e a técnica de Western blotting (WB) 3,12,16,19,24.

Em nossa rotina, os gatos são identificados como infectados pelo FIV através do teste ELISA, com a utilização de kits comerciais de fácil manipulação (Fig.8) 3,12,17,24. O resultado é obtido pelo médico veterinário em 10 minutos, aproximadamente. Imperfeições na sensibilidade ou especificidade do teste ELISA têm sido minimizadas pelo uso de proteínas recombinante do FIV3,17. Recomenda-se que os gatos hígidos positivos para a infecção pelo FIV através do método ELISA, sejam avaliados pelas técnicas de WB ou IFA, visto que estes testes são considerados mais específicos3,7.

A técnica de Western blotting é considerada a mais sensível; além disso, fornece um diagnóstico mais fidedigno, pois detecta múltiplos anticorpos específicos contra várias proteínas virais em uma só reação3,22. Entretanto, uma pequena população de gatos infectados não apresenta anticorpos para o FIV após a infecção por longos períodos de tempo12,17. A mesma situação ocorre nos estágios terminais da infecção, em que os níveis de anticorpos circulantes dos felinos enfermos são baixos e difíceis de serem detectados3,12,17. Nestes casos, a PCR é um método quase perfeito quanto à sensibilidade para detecção da infecção pelo FIV, pois identifica o provírus do FIV na célula hospedeira4,17.


TRATAMENTO

O tratamento de suporte dos gatos infectados pelo FIV visa conter as infecções secundárias e oportunistas, bem como a desidratação, anemia e desnutrição23. Este plano terapêutico deve ser delineado conforme as necessidades de cada animal23. Geralmente, os gatos enfermos recebem drogas antimicrobianas, fluidos, transfusões sangüíneas e dietas de elevada densidade calórica19,23. Entretanto, nota-se uma diminuição nas respostas terapêuticas com a progressão da infecção associada a imunossupressão17.

As pesquisas para o tratamento dos lentivírus são multifacetadas e abrangem modificadores da resposta biológica, inibidores da transcriptase reversa (incluindo a droga AZT e PMEA), células-alvo, bloqueadores dos receptores do vírus, transplante de medula óssea e terapia genética8,10,19.

O AZT (zidovudina 3’-azido-2’,3’- desoxitimidina, Retrovir®-AZT, GlaxoWellcome, RJ, RJ) é um agente antivirótico altamente ativo in vitro contra retrovírus20. O trifosfato de zidovudina age como um inibidor da transcriptase reversa virótica e como substrato para a mesma20,23,27. O AZT inibe a replicação viral in vitro e in vivo dos gatos infectados pelo FIV10;11. Estudos clínicos revelam que a terapia com o AZT melhora o estado geral e imunológico dos gatos infectados8,11. O AZT deve ser empregado na dosagem de 5mg/kg, duas vezes ao dia, por via oral11. O uso das soluções orais de zidovudina para gatos facilita a obtenção da dose ideal diária 12. Os parâmetros hematológicos dos felinos devem ser cuidadosamente monitorados em função da anemia e depressão da medula óssea, que pode ocorrer com o uso prolongado do AZT12,17. Todavia, alguns relatos demonstraram que o AZT é bem tolerado pelos gatos infectados pelo FIV e evidenciaram um pequeno decréscimo nos valores de hemoglobina10,11. Infelizmente, os felinos domésticos infectados pelo FIV podem não responder a terapia com o AZT devido a mutações do vírus17.

O PMEA (9-(2-fosfonometoxietil) adenina) é, também, um inibidor da transcriptase reversa do FIV, empregado na dosagem de 2,5mg/kg, duas vezes ao dia17. Estudos preliminares observaram que o PMEA é mais potente do que o AZT, porém mais tóxico12,17.


PROGNÓSTICO

O prognóstico dos gatos infectados não está totalmente elucidado, pois dependendo da influência do meio ambiente, alguns felinos tornam-se relativamente saudáveis por um longo período, mesmo com uma progressiva falência do sistema imunológico15,27.

Os animais infectados pelo FIV devem ser mantidos longe do contato com outros gatos qa fim de prevenir a transmissão da doença e não ficarem expostos a infecções por patógenos oportunistas3,34. Vale a pena lembrar que os gatos permanecem infectados pelo FIV por toda a vida, mesmo produzindo anticorpos contra uma variedade de antígenos16,33.


PREVENÇÃO

A vacinação dos gatos seria o método ideal à prevenção e controle da infecção pelo FIV17,19,34. No entanto, vários tipos de vacinas experimentais estão sendo utilizadas, produzindo resultados variados quando os gatos são expostos ao vírus3,33.

A proteção contra o FIV (vírus específica) foi obtida somente com a imunização dos gatos com vacinas de vírus inativado totalmente12,27,33. O sucesso desta vacina deve-se ao emprego do vírus derivado de uma linhagem celular denominada FL4, que se caracteriza por ser uma linhagem específica de linfoblasto felino infectada persistentemente com a cepa Petaluma33. Porém, uma vacina efetiva deve ser capaz de proteger os gatos contra as variações antigênicas das diferentes cepas e não somente da cepa vacinal e deve prover imunidade por um período igual ou superior há um ano17.

Nos gatos imunizados com complexos imuno estimulantes (ISCOMs), contendo recombinante expressando gp120 ou gp 160, observou-se mais suscetibilidade à infecção pelo FIV quando expostos ao vírus3,33.

No que concerne à vacinação de gatos para FIV, os estudos revelam que a imunização induz ao desenvolvimento de anticorpos circulantes, detectáveis pelos métodos convencionais usados de forma rotineira para o diagnóstico da enfermidade12,17. Isto sugere que, com o emprego das atuais vacinas experimentais, haveria dificuldade em diferenciar gatos infectados pelo FIV dos animais vacinados17. Outro aspecto importante da infecção pelos lentivírus é a capacidade de realizar mutações no hospedeiro, tornando ainda mais complexa a elaboração de vacinas apropriadas3,27,33.

Estudos preliminares apontam o uso de vacinas contendo DNA do FIV como uma linha de pesquisa promissora ao entendimento do mecanismo de proteção vacinal33.

À luz dos conhecimentos atuais, a prevenção contra a infecção pelo FIV é feita mantendo os animais sadios no interior de suas residências, inviabilizando, desta forma, brigas com animais positivos12,23,27. É oportuno lembrar que, nas transfusões sangüíneas, o gato doador não deve apresentar anticorpos ao lentivírus3.

CONCLUSÃO

Atualmente, a AIDS felina causada pela infecção do FIV não tem cura. Faz-se necessário, no entanto, sermos capazes de dar um diagnóstico fidedigno para cada gato e, indubitavelmente, traçar estratégias para o controle e prevenção da infecção pelo FIV nos felinos domésticos em nosso país.

É provável que o fruto do trabalho dos pesquisadores, junto a um melhor entendimento dos aspectos da biologia molecular do vírus, conduzam à produção de uma vacina efetiva, num futuro não muito distante.

Novas drogas anti-retrovírus e imunomoduladoras deverão ser testadas a fim de fornecerem uma terapia adequada à infecção dos lentivírus.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Texto extraído do: http://www.petsite.com.br/

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

A insuficiência renal crónica (IRC) é uma doença que afecta cerca de 20% dos gatos com mais de 10 anos de idade.

A IRC caracteriza-se por uma diminuição progressiva na capacidade dos rins eliminarem os produtos tóxicos do organismo.

1- rim com insuficiência renal aguda; 2- rim normal; 3- rim com insuficiência renal crônica

Na maior parte das vezes, a IRC evolui de forma silenciosa, sem que o animal exiba quaisquer sintomas. Estes só começam a surgir quando grande parte do rim já se encontra lesionado. Os principais sintomas de IRC são:

•perda de peso;
•anorexia;
•polidipsia – aumento do consumo de água;
•poliúria – aumento da micção;
•desidratação;
•vómitos;
•hipertensão arterial.


A IRC não tem cura. O gato vai, progressivamente, tendo crises de insuficiência renal, acabando por não ter mais capacidade para eliminar os produtos tóxicos do organismo.
Durante os períodos de crise, o animal deve fazer fluidoterapia para repôr o equilíbrio electrolítico e o nível de hidratação. A fluidoterapia (colocação a soro) vai ajudá-lo a eliminar os produtos tóxicos que se acumulam no organismo.

 Mais importante que diminuir os parâmetros sanguíneos que avaliam a função renal (ureia, creatinina e fósforo), é conseguir recuperar o apetite do animal. A sua dieta deverá conter baixo nível de sal, bem como baixo nível proteico. Actualmente, existe no mercado uma grande variedade de dietas renais, húmidas e secas, que são um excelente auxílio para manter o gato com a IRC controlada. Se o gato não ingere água em quantidade suficiente, opte por fornecer-lhe ração húmida, por forma a manter o seu grau de hidratação. Além da dieta, existem no mercado novos fármacos que promovem a protecção renal – informe-se com o seu médico veterinário.

Um gato com IRC deve ser regularmente monitorizado. Sendo uma doença crónica, é fundamental o dono estar atento a alterações no consumo de água e/ou alimento, alterações de peso, bem como aumento da frequência de vómitos. Apercebermo-nos destas pequenas alterações e levarmos o animal ao veterinário de imediato, pode significar evitar descompensações que podem conduzir a uma crise de IRC grave.

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DOENÇA DO TRATO URINÁRIO

A doença do tracto urinário inferior dos felinos, também designada por FLUTD (feline lower urinary tract disease), engloba afecções que podem afectar a bexiga e a uretra dos gatos.


Independentemente da etiologia, os sinais presentes na FLUTD são:


•disúria: dor ou dificuldade em urinar, podendo existir ou não obstrução urinária;


•hematúria: presença de sangue na urina;

•polaquiúria: urinam com muita frequência e em pequenas quantidades;


•lamber constante da zona genital;


•micção em locais anormais.
 
 
 
 
Apesar da FLUTD poder ser observada em qualquer gato, é mais frequente ocorrer em machos de meia-idade, sedentários e com excesso de peso.

Quanto às causas mais frequentes para a ocorrência de FLUTD temos:


•obstruções urinárias;


•urolitíase (cálculos urinários);


•cistites idiopáticas (infecções urinárias de causa desconhecida).


As obstruções urinárias consistem na obstrução parcial ou total da uretra do gato, através de cálculos ou através de rolhões uretrais, que se formam devido à descamação celular existente habitualmente na uretra. As fêmeas raramente obstruem pois a sua uretra é mais curta e mais larga que a dos machos.
 

 

Trata-se sempre de uma urgência veterinária, que requer a desobstrução imediata do animal através da sua algaliação. Se o animal não for algaliado de imediato poderá mesmo correr risco de vida, pois os produtos tóxicos eliminados, habitualmente, na urina começam a acumular-se no organismo, intoxicando o animal. Se notar que o seu gato não urina, ou que urina tão pouco que praticamente não molha o areão do caixote, não espere pelo dia seguinte para o levar ao veterinário assistente – essa espera pode significar a sua morte!

Habitualmente estes animais necessitam de internamento durante algum tempo, dependendo da gravidade da situação. É essencial controlar as possíveis infecções urinárias que possam surgir através de antibióticos, bem como promover uma boa analgesia (alívio da dor) ao animal. Um animal com dor retrai-se e evita urinar. Nos casos recorrentes, pondera-se um tratamento cirúrgico – uretrostomia.


A urolitíase é outra das causas da FLUTD. Normalmente, os cálculos são identificados através de radiografia ou de ecografia. Habitualmente, estes gatos necessitam de fazer dietas especiais para dissolver os cálculos urinários. Se, mesmo assim, os cálculos não desaparecerem ou se estiverem presentes em grandes quantidades, torna-se necessária a sua remoção cirúrgica – cistotomia.

Por último, as cistites idiopáticas são diagnosticadas por exclusão de todas as outras possíveis causas de FLUTD. Acredita-se que haja uma componente de stress por detrás destas infecções urinárias. Os gatos são animais especialmente sensíveis a modificações na sua rotina diária. Alterações de comida, alterações de horários, introdução de um outro animal, mudança de areão, número insuficiente de caixotes (aconselha-se pelo menos um caixote por animal, nunca menos) são tudo pequenas mudanças que a nós nos pode parecer insignificante, mas que pode ser uma fonte de grande stress para o seu animal. Os gatos com cistites idiopáticas têm os sinais habituais de FLUTD e, normalmente, requerem um tratamento com analgesia. Nos casos mais recorrentes, pode-se mesmo optar pelo uso de fármacos que diminuam os níveis de stress do gato.


Nos casos recorrentes, aconselhe-se com o seu médico veterinário sobre quais as melhores medidas a tomar.

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COMPLEXO GENGIVITE-ESTOMATITE FELINA

O complexo gengivite-estomatite é uma patologia da cavidade bucal que afecta, essenciamente, a gengiva e o arco glossopalatino (curvatura posterior da mandíbula). Atinge, maioritamente, os gatos, independentemente da sua idade.






Esta afecção tem uma origem multifactorial. São três os factores causadores de gengivite-estomatite:


•factor bacteriano: as bactérias naturalmente existentes na boca, provocam infecção e inflamação da gengiva;


•factor viral: vírus como o da Leucose Felina (FeLV) e da Imunodeficiência Felina (FIV), predispõem ao seu aparecimento;


•factor auto-imune: o organismo do animal reage contra os seus próprios constituintes.


Por ter uma etiologia tão complexa, torna-se muito difícil uma cura a 100%.


Os sintomas mais frequentes são:

•anorexia;


•hipersalivação;


•dor intensa na boca;


•inflamação da gengiva;


•úlceras;


•mau hálito.


O tratamento da gengivite felina passa pelo uso de antibióticos e fármacos imunossupressores. É essencial a remoção do tártaro, bem como a limpeza do sulco gengival. Se o animal persistir nos sintomas pode-se optar pela extracção parcial ou total dos dentes. De qualquer modo, mesmo com a extracção dos dentes, grande parte dos gatos continua a necessitar de medicação, pois em quase todos passa a ser um problema crónico.

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AFINAL, DE QUEM É A CAMA?


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O RISCO ESTÁ NO "PRATO" OU NO GATO?

A toxoplasmose é uma zoonose que tem diversas fontes de infecção.

Ao contrário do que muitos pensam, as fezes frescas de gatos não são fontes de infecções.
Os gatos infectam-se pela ingestão de presas contaminadas, água contaminada e ingestão de carne crua ou mal cozida. Eles têm o papel central na infecção por serem o único animal de sangue quente que elimina nas fezes os oocistos do parasita que pode vir a contaminar pessoas e outros animais.
Esses oocistos precisam ficar em média três dias no ambiente para que se tornem infectantes.

Assim sendo, fezes frescas de gato, não apresentam risco de infecção.
Como os gatos são animais extremamente limpos e durante a infecção raramente apresentam diarréia, diminui o risco de ficarem resíduos fecais na sua pelagem, sendo assim, a possibilidade de transmissão para o homem pelo ato de tocar ou acariciar um gato é mínima ou inexistente.

Mordidas e arranhões também são improváveis meios de transmissão.
Outro fato importante é que gatos que entram em contato com o protozoário pela primeira vez, eliminam os oocistos nas fezes por uma a duas semanas e então desenvolvem imunidade que pode durar até seis anos.
Durante esse período, mesmo sendo novamente expostos à infecção, não eliminarão os oocistos nas fezes, ficando impossível a transmissão para o homem e demais animais.
Diversos estudos têm demonstrado que possuir um gato como animal de estimação, ter contato com os gatos perto de casa ou trabalhar com gatos num hospital veterinário não aumentam as chances de contrair toxoplasmose.
Evitar contato com o gato não significa evitar a infecção.
A principal fonte de infecção para o homem é o consumo e contato com carnes cruas e mal cozidas contendo oocistos do parasita.

Entre carnes consumidas, a suína é considerada a maior fonte de infecção, pois o parasita pode sobreviver no animal por mais de um ano.
O homem também pode ser infectado por via transplacentária e água contaminada com os oocistos.

Assim, a melhor forma de evitar a toxoplasmose é:
- não ingerir carne crua ou mal cozida;
- não alimentar o gato com carne crua ou mal cozida...é melhor alimentá-lo com rações industrializadas:
- lavar bem as mãos e utensílios de cozinha com água morna após a manipulação de carne crua;
- usar luvas para mexer na terra de vasos e jardins;
- evitar a manipulação de carne crua...se não for possível, usar luvas;

- lavar bem frutas e verduras;
- trocar a caixa de areia dos gatos diariamente;
- manter sempre os gatos dentro de casa para evitar o hábito de caça.


Médica Veterinária responsável: Drª Claudia Vanessa B. Rodrigues - CRMV – SP 1582



Adaptado do site www.sava.org.br

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

UEBA! HOJE TEM ERVA!!!!









BRINQUEDINHOS....







Bolinhas de crochê com catnip.

TAPETE EM FORMA DE GATO


Feito em lã para tapeçaria, mais um mimo para os bichanos....


























quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A longa e (incompleta) domesticação do gato


Às vezes, ele é alheio ou carinhoso; outras, sereno ou arisco; ou ainda, encantador ou irritante. Entretanto, apesar da natureza volúvel, o gato doméstico é o animal de estimação mais popular do mundo. Um terço dos lares americanos tem felinos, e mais de 600 milhões de gatos vivem entre os homens em todo o mundo. Mesmo assim, por mais familiares que esses animais sejam, é difícil comprovar totalmente suas origens. Enquanto outros animais selvagens foram domesticados devido ao leite, à carne, à lã ou ao trabalho, os gatos não contribuem praticamente em nada para as ações humanas em termos de sustento ou trabalho. Como, então, se tornaram tão comuns em nossos lares?

Os estudiosos já acreditavam há muito tempo que os antigos egípcios foram os primeiros a manter o gato como animal de estimação, há cerca de 3.600 anos. Mas as descobertas genéticas e arqueológicas feitas nos últimos cinco anos revisaram esse cenário – gerando conceitos mais atualizados tanto sobre a ancestralidade do gato doméstico quanto sobre a evolução de seu relacionamento com os seres humanos.


Cama-de-gato


A questão sobre o local de origem dos gatos é difícil de desvendar por vários motivos. Embora vários investigadores suspeitassem que todas as variedades descendiam apenas de uma única espécie – Felis silvestris, o gato selvagem – não podiam ter certeza.


Além disso, essa espécie não está confinada a um pequeno canto do globo. É representada por populações que ocupam todo o Velho Mundo – da Escócia à África do Sul e da Espanha à Mongólia –, e até recentemente os cientistas não tinham como determinar, precisamente, quais dessas populações de gatos selvagens deram origem ao tipo mais manso, o chamado gato doméstico.


Scientific American Brasil -A ciência como você nunca viu

Carlos A. Driscoll, Juliet Clutton-Brock, Andrew C. Kitchener e Stephen J. O’Brien Carlos




A HIERARQUIA DOS GATOS

Embora as relações sociais dos gatos se tenham alterado com a convivência com o homem, eles mantêm ainda muitos dos traços dos seus parentes afastados.

Geralmente, a sociedade dos gatos é essencialmente matriarcal. A fêmea que possui a maior prole ocupa o lugar mais alto na estrutura hierárquica, gozando de privilégios como o acesso ao alimento. No entanto, quando não têm filhos o seu estatuto social cai bruscamente.

Os machos ocupam o seu lugar na comunidade da forma que sabem melhor: recorrendo mais à força dos músculos! Os machos mais agressivos lutam constantemente pelo poder e supremacia no seu grupo.

Ao contrário do que sucede com alguns animais como os macacos e veados, os gatos dominantes não possuem necessariamente grandes haréns.

As fêmeas não permitem que qualquer "espertalhão" lhes faça a corte. Muitas vezes preferem os machos bem situados na pirâmide social do poder.

Curiosamente, os machos dominantes ocupam as maiores parcelas de terreno, o que indica que a terra, mais do que o harém significa estatuto social na sociedade dos felinos.

Os machos castrados ocupam sempre o último degrau da escala social.

Um macho começa a perder a sua posição na comunidade assim que é castrado.

Depois da operação, a quantidade do hormônio sexual masculino (testosterona), reduz-se no sangue e o penetrante odor masculino da urina desaparece.

À medida que este processo evolui, o animal vai descendo na escala social.

O que não significa que os gatos castrados não possam lutar, mas a verdade é que perdem muita da sua agressividade.

Para os seus pares, o odor enfraquecido do macho castrado é um sinal de perda de "masculinidade".

As relações hierárquicas dos gatos assumem proporções ainda mais.

Enquanto que todos os animais sociais estão hierarquizados num clã ou numa matilha, conhecendo cada um o nível hierárquico dos companheiros, os gatos, não sendo sociais e gregários por natureza, desenvolvem apenas uma forma restrita de hierarquia. Esta é em grande medida, relativa ao espaço e ao tempo.

Num agrupamento de gatos existe normalmente um macho ou fêmea hiperdominante e outros hiperdominados pelo grupo.

Nos restantes a maleabilidade é muito maior e não existe uma relação de dominância clara. Uma sociedade de extremos!

http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/a_hierarquia_dos_gatos/107#tell_friend

segunda-feira, 27 de julho de 2009

MANTA PATCHWORK



Manta para aquecer aqueles dias de frio.
Feita a partir de sobras de lãs em várias cores, compondo quadro a quadro, num efeito aconchegante, quente ao toque.
O difícil vai ser disputar um pedacinho com seus fofuchos.














sábado, 23 de maio de 2009

ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS EM FELINOS

O ciúme precisa ser entendido e manejado para que não se torne excessivo, causando no animal alterações comportamentais

O ciúme, a insegurança e o medo podem estar relacionados entre si ou não. O gato é um animal, por excelência, ciumento. Porém, essa manifestação de ciúme precisa ser entendida e manejada pelo seu “dono”, para que esse ciúme não se torne excessivo, causando no animal: tristezas, melancolia, insegurança e outras alterações comportamentais.
Ao introduzir um novo animal em casa, principalmente se o gato for único e nunca tiver convivido com outro, tome alguns cuidados para que essa decisão não se torne um transtorno.
O felino, quando é único numa casa, sente que todo o espaço pertence a ele. Acaba escolhendo seus lugares favoritos, deixando claro suas preferências. Assim sendo, é necessário, em primeiro lugar, preparar seu gato para uma nova vida, para uma mudança.
Antes de levar um novo gato para casa, procure manipular alguns florais que possam ser usados na água por, no mínimo, dez dias antes da chegada do novo morador. Poderia citar diversos florais, mas, para isso, seria necessário ter algumas informações a respeito da personalidade, comportamento e rotina do animal.
Bem, assim que o novo gato chegar, se desdobre em atenções e carinho com o seu primeiro gato. Ele precisa ter certeza que seu afeto por ele não vai ser abalado. Nunca chame sua atenção se ele bufar, rosnar ou der patadas no novato. Esse comportamento é totalmente natural e esperado. Muitas vezes, nos primeiros dias, é melhor deixar o gato que acabou de chegar num cômodo ao qual o outro gato não tenha acesso. Prepare esse ambiente com carinho, para que o novo gato se sinta seguro e aconchegado.
É claro que o antigo morador fará plantão na porta desse local! Mas, irá sentindo o cheiro, ficando curioso e, quem sabe, se acostumando com a ideia...
O tempo felino, às vezes, é longo e requer paciência. Tem gatos que conseguem se adaptar, num período menor, a novas situações; outros precisam de mais tempo e temos que respeitar isso.
Evite ficar “paparicando” o novo morador na frente do antigo, até que ele já esteja admitindo a presença do outro.
No caso da chegada de um bebê, os cuidados também precisam ser monitorados. Nunca esqueça que, se o gato for único e chegar um outro gato, um bebê ou uma nova pessoa em casa, teremos que seguir algumas regras para que ele não sofra tanto e consiga, aos poucos, se ajustar à nova situação. Agora, se já existe (m) na casa outro (s) animal (is), criança(s) e um gato for adotado, a situação é totalmente diferente, pois ele já chega com um ambiente definido, portanto, sua adaptação é mais tranquila.
Existe, também, empatia entre os gatos. Pode acontecer que eles convivam diplomaticamente, sem muita aproximação – ou ainda, que se apaixonem e estejam sempre juntos, ou, bem menos freqüente, que um ignore o outro, ou até chegarem a brigar. Todas essas questões levantadas vão depender da casa, do ambiente, das pessoas, da rotina e da quantidade de animais que residem na casa.
O gato se sente inseguro, e, às vezes, desde filhote, mesmo com todas as manifestações de afeto do seu “dono”, demonstra insegurança, como, por exemplo, resultado de uma separação precoce da mãe.
Alguns gatos podem desenvolver a insegurança por mudanças na sua rotina. Por exemplo, seu “dono” passou a estar menos presente, tem saído muito, sem dia e hora certa para voltar, tem recebido visitas constantemente, um (a) novo (a) namorado(a), uma casa nova, etc.
Logo se percebe que o gato não para de segui-lo (a), fica tentando chamar a atenção sobre si o tempo inteiro. Para esse comportamento, pode-se usar música específica para gatos, um floral borrifado no ambiente ou na pele do animal e, ainda, alguns florais por via oral.
Sempre que chegar em casa, antes de fazer qualquer coisa, fale com seu gato, passe a mão por diversas vezes da sua cabeça à ponta do rabo, ofereça um petisco, um brinquedo, deixe que ele se sinta amado, observado, e que você se preocupa com ele.
Os felinos, apesar de muito “independentes”, são muito sensíveis, precisam e querem – apesar de muitas vezes parecer o contrário – de todo o carinho e atenção do mundo.
Os felinos, como todos os seres vivos, podem sentir medo. Existem dois tipos de medos: os conhecidos e os desconhecidos. Falando do medo conhecido, queremos dizer que eles conhecem aquela situação, mas sentem medo, independente disso. Por exemplo, medo do aspirador de pó, do secador de cabelo, do interfone, de barulhos em geral que escutam na rotina.
Mesmo estando acostumados a esses sons, sabendo que nada vai acontecer, que esses ruídos não provocam dor, ainda assim, demonstram, claramente, seus medos.
O medo da caixa de transporte é muito comum, pois, seu registro, normalmente, o remete a idas a locais que não são os de sua preferência: banhos, vacinas, exames em geral, consultas, entre outros.
Então, para minimizar o estresse, ao sair de casa e precisar usar a caixa de transporte – até porque é fundamental utilizá-la para a segurança do gato –, procure transformar essa caixa num lugar agradável, onde, sempre que servir algo novo, um petisco, um patê para gatos, ratinhos com catnip, bolinhas, ela seja utilizada, de forma que sua relação com ela comece a mudar, fazendo com que essa caixa de transporte não seja motivo de pânico e tortura.
Quando o gato voltar para casa, após o uso da caixa, não esqueça de passar um pano úmido dentro e fora dela, para eliminar odores que não sejam agradáveis a ele.
Temos, também, os medos desconhecidos, em que o gato entra em pânico, fica com a cauda e orelhas baixas, corpo encolhido, respiração ofegante, ansiedade, micção, e não sabemos o motivo...
Então, tanto para os medos conhecidos como para os desconhecidos, os florais podem ser bons aliados, funcionando muito bem, e até serem usados por longos períodos.
Tanto para o ciúme, como para insegurança e medo, os gatos podem protestar de várias maneiras: vocalizando, destruindo alguma coisa para chamar a atenção, eliminando fezes e urinas em locais da casa não apropriados, etc. Para todos esses distúrbios de comportamento, existem tratamentos específicos, que oferecem bons resultados. Jamais repreenda ou tenha qualquer atitude agressiva com seu gato, pois este não é o caminho.
Vale lembrar que, qualquer alteração de comportamento requer cuidados, até porque muitos animais podem vir a adoecer se não forem tratados convenientemente.

Dra. Luciana Deschamps, especializada em medicina felinae comportamento.
Titular da Clínica Veterinária Sr. Gato -
www.clinicasrgato.com.br presidente da Ong FELBRAS – Felinos do Brasil.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

PARA REFLETIR...

"Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles." - Philip Ochoa

sábado, 4 de abril de 2009

DESCUBRA O SIGNO DO SEU PET E O ENTENDA MELHOR

Aprender a lidar com nossos animais de estimação e entender o comportamento deles não é uma tarefa lá muito fácil. Eles podem ser inquietos, tranquilos ou carinhosos. O fato é que cada bichinho age de uma maneira e esse temperamento tem ligação com sua data de nascimento. Isso mesmo! A Astrologia também influencia os animais. Descubra o signo do seu animal de estimação, aprenda a entendê-lo e saiba suas necessidades.
Áries (21 de março a 20 de abril) O que não falta para os bichinhos arianos é energia. Eles são incansáveis e adoram brincar o tempo todo. Também são carinhosos, temperamentais e precisam chamar atenção, apesar de ficarem envergonhados se os donos brigarem com eles. A grande dificuldade em lidar com esses pets é fazer com que eles lhe obedeça.
Touro (21 de abril a 20 de maio) Os pets de Touro são quietos e passivos. Pode-se dizer que são fáceis de treinar, mas também, que não desistem de uma briga se forem provocados. No momento em que conhecem uma nova pessoa ou um novo animal são cautelosos, mas quando ganham confiança, revelam-se grandes amigos e seguidores. Adoram dormir, comer e não são muito brincalhões. Por serem possessivos, defendem a comida e os brinquedos a todo custo. Gêmeos (21 de maio a 20 de junho) Os mais amigáveis e curiosos que existem! Os pets geminianos são rápidos e pode ser bem treinados. Eles fazem muito barulho e não suportam ficar sozinhos. Um cuidado que se deve ter com os bichinhos desse signo é com as portas, que devem estar sempre fechadas. Qualquer descuido, o animal pode fugir, pois eles adoram investigar novos lugares.
Câncer (21 de junho a 22 de julho) Os bichinhos de Câncer são sensíveis e não gostam de ficar sozinhos. Nada de criá-los em ambientes barulhentos e educá-los com gritos. Eles precisam de um ambiente tranqüilo e de receber muito carinho. Confiam muito em seu dono e não gostam de compartilhar o lar, a atenção e os brinquedos com outro animal.
Leão (23 de julho a 22 de agosto) Eles adoram passear e se sentem os donos da casa. Os pets leoninos são tão folgados, que perturbam os donos para que façam o que eles querem. Gostam de se sentir líderes, por isso, cuidado para não ser dominado por esses bichinhos. Por serem brincalhões, são ótimas companhias para as crianças.
Virgem (23 de agosto a 22 de setembro) Parece que os bichinhos de Virgem conseguem saber quando o dono está feliz ou triste. São tímidos e gostam de ficar sozinhos, pois conseguem brincar com eles mesmos. Não se contentam com qualquer comida e não são de demonstrar afeto e nem sair abanando o rabo quando o dono chega em casa.
Libra (23 de setembro a 22 de outubro) Os pets de Libra são calmos e dedicam carinho e atenção a todas as pessoas da casa. Raramente ele vai eleger um dono, como os animais costumam fazer. Gostam de lugares tranquilos e adoram comer bem. Por serem preguiçosos, é bom que os donos os estimulem a fazer exercícios.
Escorpião (23 de outubro e 21 de novembro) Lealdade é a melhor palavra para caracterizar os pets escorpianos. Se esses bichinhos forem criados com bondade, terão um ótimo temperamento. Mas, se viverem em um ambiente conturbado e com maus tratos, serão bravos. Eles adoram intimidar as pessoas e reagem de maneira feroz se forem confrontados.
Sagitário (22 de novembro a 21 de dezembro) Sempre divertidos, os bichinhos de Sagitário adoram agradar os donos. Não gostam de viver presos! Já que precisam de liberdade, o ideal é mantê-lo em um espaço amplo ou levá-lo sempre para passear. São amorosos, de fácil aprendizado e têm muita energia.
Capricórnio (22 de dezembro a 20 de janeiro) Os pets capricornianos serão eternos filhotes. São brincalhões, bem-humorados e gostam que tudo seja feito da maneira deles. Na hora de educá-los é preciso ter paciência, já que seu aprendizado é um pouco lento.
Aquário (21 de janeiro a 19 de fevereiro) Os bichinhos de Aquário são engraçados, gentis e adoram fazer barulho. Como não gostam de obedecer a ordens, treiná-los sempre é uma tarefa difícil. Não são muito carinhosos e preferem uma vida independente. A curiosidade desses pets é tão grande, que vivem colocando o focinho em todos os lugares.
Peixes (20 de fevereiro a 20 de março) Gentis, amorosos e pacíficos, os pets de Peixes estarão sempre ao lado do dono quando este estiver triste. Eles são muito sensíveis e sabem perceber se a pessoa está triste ou zangada. Por isso, é importante saber passar as emoções certas para esses bichinhos para que eles não fiquem deprimidos.

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sexta-feira, 3 de abril de 2009

PLANTAS TÓXICAS: CONHEÇA AS ESPÉCIES QUE MERECEM CAUTELA


Algumas das plantas ornamentais que temos em nossos em vasos ou jardins podem esconder perigo por trás de sua beleza. Elas são chamadas "plantas tóxicas" pois apresentam princípios ativos capazes de causarem graves intoxicações quando ingeridas ou irritações cutâneas quando tocadas.
Segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), cerca de 60% dos casos de intoxicação por plantas tóxicas no Brasil ocorrem com crianças menores de nove anos. E a maioria, 80% destes casos, são acidentais. O Sinitox, que fornece informações sobre os agentes tóxicos existentes, funciona em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e possui centros de atendimento e informações em vários estados do Brasil (veja telefones no final desta matéria).
Geralmente, a intoxicação por plantas acontece por desconhecimento do potencial tóxico da espécie. Nesta matéria, apresentamos algumas das espécies ornamentais tóxicas mais comuns em quintais, jardins e vasos. Mas antes, atenção para estas orientações:
1 - Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e dos animais domésticos.
2 - Procure identificar se possui plantas venenosas em sua casa e arredores, buscando informações como nome e características.
3 - Oriente as crianças para não colocar plantas na boca e nunca utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.). 4 - Não utilize remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação especializada.
5 - Evite comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.
6 - Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex, pois elas podem provocar irritação na pele e principalmente nos olhos. Evite deixar os galhos em qualquer local onde possam atrair crianças ou animais. Quando estiver mexendo com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade.
7 - Cuidados especiais também devem tomados com os animais domésticos. Animais filhotes e adultos muito ativos têm uma grande curiosidade por objetos novos no meio em que vivem e notam logo quando há um vaso diferente em casa ou uma planta estranha no jardim. Não é raro o animal lamber, morder, mastigar e engolir aquilo que lhe despertou a curiosidade. Animais privados de água podem, por exemplo, procurar plantas regadas ou molhadas de chuva recentemente e ingerir suas partes. Há casos de cães e gatos que ficam sozinhos confinados por períodos longos que acabam se distraindo com as plantas e acabam por ingerí-las.
8 - Em caso de acidente, guarde a planta para identificação e procure imediatamente orientação médica.
TINHORÃO Nome científico: Caladium bicolor Vent. Nome popular: tajá, taiá, caládio Família: Aráceas. Nome científico: Caladium bicolor Vent. Nome popular: tajá, taiá, caládio. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio.






COMIGO-NINGUÉM-PODE Família: Araceae. Nome científico: Dieffenbachia picta Schott. Nome popular: aninga-do-Pará. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio, saponinas.






COPO-DE-LEITE Família: Araceae. Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng. Nome popular: copo-de-leite. Parte tóxica: todas as partes da planta Sintomatologia: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio.








TAIOBA-BRAVA Família: Araceae Nome científico: Colocasia antiquorum Schott. Nome popular: cocó, taió, tajá. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea. Princípio ativo: oxalato de cálcio.





SAIA-BRANCA Família: Solanaceae. Nome científico: Datura suaveolens L. Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia; nos casos mais graves pode levar a morte. Princípio ativo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina).



BICO-DE-PAPAGAIO Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd. Nome popular: rabo-de-arara, papagaio. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. Princípio ativo: látex irritante.










COROA-DE-CRISTO Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Euphorbia milii L. Nome popular: coroa-de-cristo. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. Princípio ativo: látex irritante.



AVELÓS Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Euphorbia tirucalli L. Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios,boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia. Princípio ativo: látex irritante.




ESPIRRADEIRA Família: Apocynaceae. Nome científico: Nerium oleander L. Nome popular: oleandro, louro rosa. Parte tóxica: todas as partes da planta. Sintomas: a ingestão ou o contato com o látex podem causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar a morte. Princípio ativo: glicosídeos cardiotóxicos






MAMONA Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Ricinus communis L. Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato. Parte tóxica: sementes. Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito. Princípio ativo: toxalbumina (ricina).






PINHÃO-ROXO Família: Euphorbiaceae. Nome científico: Jatropha curcas L. Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo. Parte tóxica: folhas e frutos. Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca. Princípio ativo: toxalbumina (curcina).

Fonte de informações: Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX - Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ Telefones para contato com os Centros de Controle de Intoxicações: Curitiba - CIT/PR 0800.410.148 Florianópolis - CIT/SC (48) 331.9535 Porto Alegre - CIT/RS 0800.780.200 Salvador - CIAVE/BA 0800.284.4343 São Paulo - CEATOX/SP 0800.148.110 São Paulo - CCI/SP (11) 5011.5111
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