sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Lindas fotos!! Belo poema de Cecília Meireles.
ResponderExcluirBeijos Néia e Nikita:)
Oi Alice, adorei o blog. Vou visita-lo mais vezes.
ResponderExcluirÓtimo final de semana!!
O poema é lindo e tem tudo de verdade. Só vê quem sente!
ResponderExcluirBeijocas grandes***
Mas essa foto do gatinho com a orquídea está lindíssima!!! Sua máquina é profissional ou você fez curso?
ResponderExcluirBjo grande,
Valéria.
www.peludosecharmosos.com.br/blog
Oi Valéria,obrigada pelo elogio. As fotos foram tiradas de celular. É que a modelo Lili é muito fotogênica e as orquídeas são lindas mesmo. bjs
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