Juju - a dona do pedaço

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JUJU - a dona do pedaço

Família de Peludos

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"Este blog é feito com muito carinho. Nasceu da vontade de compartilhar

experiências, textos, conhecimentos, dicas a partir da convivência com felinos;

de descobrir como as pessoas em diferentes partes do mundo convivem com esses seres fascinantes.

A família vai adorar que você deixe um comentário.

Entre e fique à vontade... "



domingo, 13 de dezembro de 2009

Animais - Por que nós os amamos

Por que nós os amamos


Mesmo que, em troca, eles apenas nos suportem. É difícil resistir ao encanto dos gatos, ao vivo ou no YouTube. E existe até uma explicação científica: eles usam o "fator fofura" para nos dominar


Suzana Villaverde


Quem entrar no YouTube e digitar "gatinhos" terá material suficiente para passar umas sete vidas assistindo a vídeos de aventuras protagonizadas pelos seres mais graciosos do planeta. Nem os adoráveis cães, os mais populares animais de estimação, nem os poderosos leões, o símbolo universal da vida selvagem (embora sejam, basicamente, uns gatos grandes), competem com os felinos domésticos em matéria de acessos. Conhecidos pelo distanciamento filosófico que mantêm em relação ao mundo dos humanos, os bichanos têm se mostrado celebridades bem acessíveis: tocam piano, enfiam-se em lugares impossíveis, atacam impressoras e demais objetos semoventes com total naturalidade diante das câmeras. Com a proliferação dos vídeos e dos admiradores – no Brasil, são 16 milhões de bichanos de estimação –, o negócio de gatos também exibe fôlego. Uma de suas variantes mais bizarras, embora igualmente irresistível, é a dos gatos de peruca: você pega uma cabeleira falsa, implora que o bicho condescenda em participar e, nos poucos segundos que se passam antes que o acessório voe no ar, fotografa-o. A americana Julie Jackson, 45 anos, foi pioneira do ramo. Há dois anos, criou um site de fotos de gatos de peruca em cores engraçadas. Hoje, vender perucas para gatos é fonte de renda. "Sempre gostei de fotografar gatos. As perucas vieram naturalmente, para ficar mais engraçado", diz Julie, que comercializa as peruquinhas a 50 dólares cada uma e tamanho único ("tamanho de gato"). Nesta época do ano, com o Natal chegando, as vendas aumentam. "Gatos são vaidosos e adoram saber que estão lindos. Mas nem todos aceitam a brincadeira." Dos que aceitaram, 25 foram selecionados como modelos para o livro Glamourpuss. "Três ficaram de fora porque não entenderam a ideia", brinca Julie, dona de dois gatos com personalidades opostas: Boone, exibido, está na capa do livro e também dentro, de peruca encaracolada e óculos quadrados; já Tito "não quis aparecer por ser muito tímido". A propósito: Chicken, o carismático bichano de peruca rosa, com presença comparável à de uma Naomi Campbell, já não está entre nós – foi para o céu felino antes mesmo do lançamento do livro.



Os gatos fascinam os humanos, e não é apenas pela aura de mistério (ou, na definição de Jorge Luis Borges: "Por obra indecifrável de um decreto / divino, te buscamos inutilmente / mais remoto que o Ganges e o poente / tua é a solidão, teu é o segredo"). Com olhos grandes e puxados, cara pequena, focinho achatado e corpo macio, eles se encaixam num conjunto de características chamado de "esquema bebê" pelo biólogo austríaco e prêmio Nobel Konrad Lorenz, que nos anos 40 traçou e explicou pela primeira vez a semelhança. O "fator fofura", como é chamado, é formado por um conjunto de feições que lembram as de um bebê e que, por ditames autoexplicativos da sobrevivência da espécie, apareça onde aparecer, sempre desperta nos humanos imediata sensação de afeto e impulsos protetores. "O cérebro humano responde de maneira positiva a essas feições. Estejam elas num bebê, num gato ou num filhote de panda, todos vão estimular proteção e cuidados", explica a bióloga Melanie Glocker, especialista em neurociência social do Instituto de Biologia Comportamental da Universidade de Münster, na Alemanha. Por desencadear reações irresistíveis, o "fator fofura" desponta em toda parte (inclusive naquelas que envolvem o uso de cartões de crédito) e vai além de um simples conjunto de feições. "Qualquer objeto ou mesmo uma palavra fofinha ativa o sistema de recompensa do cérebro que libera dopamina e imediatamente nos faz sentir bem. É uma felicidade instantânea", diz a bióloga alemã. É esse princípio que comanda as reações positivas diante de coisinhas miúdas (e caras) como o Beetle, da Volkswagen, ou o 500, da Fiat.


Em nenhum outro país o apego à fofurice chegou tão longe quanto no Japão de Pokémon e Hello Kitty (esta, por sinal, uma gatinha). O conceito de kawaii, nome dado a tudo o que é fofo e meigo, é a mola propulsora da inesgotável cultura pop japonesa. "Quando a pessoa se torna adulta no Japão, existe muita pressão social. A cultura kawaii, o fascínio pelas coisas fofas, as mascotes, tudo o que é colorido, permite esquecer um pouco a realidade e prolongar a infância", avalia a bailarina Akemi Matsuda, que morou no Japão até os 18 e hoje vive em São Paulo, sempre guiada pela fofurice.

Nada mais normal, portanto, que felinos japoneses dominem o YouTube. Maru, o gato que fica entalado numa embalagem de latas de refrigerante, entre outras estripulias, tem mais de 100 vídeos. E seu próprio site, é claro. É difícil resistir ao ser descrito como "pequeno imperador sem orbe, conquistador sem pátria, mínimo tigre de salão, nupcial sultão do céu das telhas eróticas", nas fascinadas palavras do poeta chileno Pablo Neruda em sua Ode ao Gato, citada na ponta da língua por todos os felinomaníacos. A elegância, a agilidade e a capacidade de se meter em todo tipo de situação absurda – e sair dela com ar de solene superioridade – alimentam o star power dos gatos. "São bichos extremamente curiosos que desenvolvem várias manias e, por isso, são tão engraçados de observar", diz a veterinária Luciana Deschamps, dona de uma clínica especializada em felinos e anfitriã, em casa, de nove bichanos. "Gatos dificilmente aprendem truques, porque são muito independentes. Se fazem alguma coisa, é porque querem", explica. A quem assiste, resta se render e achá-los a coisa mais fofa do mundo.




PROFESSOR SABICHANO




Freud disse que os donos de gatos os escolhem na tentativa inconsciente de adquirir suas características. Aqui, dez coisas que podemos aprender no convívio com eles, apontadas pela veterinária e gatófila Luciana Deschamps

1 Relaxar "Gatos adoram uma preguiça e sabem aproveitar cada minuto em que ficam sem fazer nada"

2 Aproveitar o momento "Gatos fazem coisas divertidas mesmo quando não têm plateia"


3 Explorar "Eles querem saber tudo, ver tudo, mexer em tudo, e assim descobrem o que preferem"


4 Ter autossuficiência "Para o gato, ser independente não significa amar menos o dono, mas apenas não ser radicalmente dependente dele"

5 Mover-se "Não há andar mais elegante no reino animal que o jeito silencioso e suave dos felinos"


6 Alongar-se "Saber se esticar é fundamental para quem quer desbravar o espaço ao seu redor"

7 Comer com prazer "Gatos aproveitam ao máximo o alimento. Cheiram, brincam e só depois comem. É o gosto de experimentar coisas novas"


8 Ocupar espaços "Por que se deitar num cantinho, se você pode ocupar a cama inteira?"


9 Observar "Humanos acham que eles não prestam atenção, mas quase tudo o que os gatos aprendem é observando os donos"


10 ter vontade própria "O gato não se submete. Deve pensar: ‘Pobre bípede, acha que vou fazer isso só porque ele quer’. E não faz"




http://veja.abril.com.br/161209/por-que-nos-amamos-p-092.shtml

domingo, 6 de dezembro de 2009

ACIDENTES DOMÉSTICOS

Por mais que tentemos proteger nossos fofuchos, infelizmente alguns imprevistos nos pegam desprevenidos.
Na sexta-feira fiz uma limpeza no quintal. Retirei algumas plantas, folhagens e amontoei na lateral da garagem. É claro que tive supervisão direta dos meus pequenos amiguinhos, que faziam a festa com cada galho e folhas que ia amontoando. Quer coisa melhor do que se esconder no meio das folhagens e pegar os irmãos no susto?
Pois é.
No sábado, meu sobrinho levou um tombo. Preocupados, meu irmão e minha cunhada levaram o bebê ao Pronto Socorro, pois ele não parava de chorar.
Após ser examinado e radiografado, constatou-se que não sofrera nenhum dano. Graças a Deus!
Na volta, meu irmão abriu o portão da garagem para colocar o carro.
Só que ninguem poderia imaginar que a Lili estava deitada no meio das folhagens.
Não consigo imaginar o sequer  que aconteceu. Vi a gata deitada no chão da cozinha, ensanguentada, sangue saindo pelo nariz e boca, a vasilha de água da Laica espalhada pelo chão e meu irmão desesperado, gritando que havia atropelado a Lili.
Minha reação foi de correr, pegar uma toalha e levá-la urgente ao veterinário. Chorava de ver o estado que estava. Meu irmão desesperado pedindo desculpas para a Lili; ela fechando os olhos, colocando sangue pela boca e nariz.
Por um momento, pensei que ela tivesse morrido.
Comecei a rezar e, em meio às lágrimas, consegui chegar ao veterinário.
Deixei meu irmão em frente à clinica e fui estacionar o carro. Voltei corrrendo ao consultório. Ela já estava sendo atendida pelo médico na sala de emergência.
Via sua carinha sem entender o que estava acontecendo, sua respiração acelerada. Cada fechada de olhos que ela dava sentia que a estava perdendo.
Como a vida é fragil e como a gente é impotente diante de uma situação como esta.
O doutor compenetrado, nem percebeu minha presença.  Procurou estabilizar a gatinha, enquanto a apalpava, na tentativa de  fazer um diagnóstico. A clínica mais próxima com raio x já estava fechada.
Examinou o reflexo das pupilas, sensibiliddade das patinhas e cauda. Auscultou o coração, pulmão e órgãos internos. Medicou mais uma vez. Agora era aguardar. Deixei Lili em observação em meio à lágrimas de tristeza, de incorfomismo, de absoluta impotência.
Pediu que eu retornasse em 2 horas. Caso acontecesse algo pior ele me ligaria.
Nem preciso falar quanto tempo levou para passar essas horas.
Imaginar perder Lili, dava uma sensação de buraco dentro do peito. A família nunca mais ficaria completa: Fefê, Bibi, Juju, Laica... não podia ficar faltando a Lili.
Estava para sair de casa quando o telefone tocou. Era o médico! Gelei! Mas a notícia era boa. A Lili estava melhorando.
Não lembro de quanto tempo levei para chegar à clinica. Entrei na emergência e lá estava a minha Lilica, com aqueles olhos grandes, verdes, aguardando quietinha.
O médico não constatara nenhuma fratura, nenhum dano neurológico. Pediu que eu a observasse e que a troxesse logo pela manhã. Embrulhei Lili na toalha e a trouxe nos braços como se ali, no meio daqueles panos, estivesse o mais precioso dos bens. Vim conversando com ela, protegendo-a, mostando que ela estava segura e que ficaria boa.
Durante a noite acordei por várias vezes pra ver como ela estava. Graças a Deus e ao doutor ela melhorou.
Levei novamente à clinica pela manhã, já bem mais aliviada.
Agora é só aguardar a recuperação.