Juju - a dona do pedaço

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JUJU - a dona do pedaço

Família de Peludos

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"Este blog é feito com muito carinho. Nasceu da vontade de compartilhar

experiências, textos, conhecimentos, dicas a partir da convivência com felinos;

de descobrir como as pessoas em diferentes partes do mundo convivem com esses seres fascinantes.

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Entre e fique à vontade... "



sexta-feira, 9 de outubro de 2009

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

A insuficiência renal crónica (IRC) é uma doença que afecta cerca de 20% dos gatos com mais de 10 anos de idade.

A IRC caracteriza-se por uma diminuição progressiva na capacidade dos rins eliminarem os produtos tóxicos do organismo.

1- rim com insuficiência renal aguda; 2- rim normal; 3- rim com insuficiência renal crônica

Na maior parte das vezes, a IRC evolui de forma silenciosa, sem que o animal exiba quaisquer sintomas. Estes só começam a surgir quando grande parte do rim já se encontra lesionado. Os principais sintomas de IRC são:

•perda de peso;
•anorexia;
•polidipsia – aumento do consumo de água;
•poliúria – aumento da micção;
•desidratação;
•vómitos;
•hipertensão arterial.


A IRC não tem cura. O gato vai, progressivamente, tendo crises de insuficiência renal, acabando por não ter mais capacidade para eliminar os produtos tóxicos do organismo.
Durante os períodos de crise, o animal deve fazer fluidoterapia para repôr o equilíbrio electrolítico e o nível de hidratação. A fluidoterapia (colocação a soro) vai ajudá-lo a eliminar os produtos tóxicos que se acumulam no organismo.

 Mais importante que diminuir os parâmetros sanguíneos que avaliam a função renal (ureia, creatinina e fósforo), é conseguir recuperar o apetite do animal. A sua dieta deverá conter baixo nível de sal, bem como baixo nível proteico. Actualmente, existe no mercado uma grande variedade de dietas renais, húmidas e secas, que são um excelente auxílio para manter o gato com a IRC controlada. Se o gato não ingere água em quantidade suficiente, opte por fornecer-lhe ração húmida, por forma a manter o seu grau de hidratação. Além da dieta, existem no mercado novos fármacos que promovem a protecção renal – informe-se com o seu médico veterinário.

Um gato com IRC deve ser regularmente monitorizado. Sendo uma doença crónica, é fundamental o dono estar atento a alterações no consumo de água e/ou alimento, alterações de peso, bem como aumento da frequência de vómitos. Apercebermo-nos destas pequenas alterações e levarmos o animal ao veterinário de imediato, pode significar evitar descompensações que podem conduzir a uma crise de IRC grave.

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DOENÇA DO TRATO URINÁRIO

A doença do tracto urinário inferior dos felinos, também designada por FLUTD (feline lower urinary tract disease), engloba afecções que podem afectar a bexiga e a uretra dos gatos.


Independentemente da etiologia, os sinais presentes na FLUTD são:


•disúria: dor ou dificuldade em urinar, podendo existir ou não obstrução urinária;


•hematúria: presença de sangue na urina;

•polaquiúria: urinam com muita frequência e em pequenas quantidades;


•lamber constante da zona genital;


•micção em locais anormais.
 
 
 
 
Apesar da FLUTD poder ser observada em qualquer gato, é mais frequente ocorrer em machos de meia-idade, sedentários e com excesso de peso.

Quanto às causas mais frequentes para a ocorrência de FLUTD temos:


•obstruções urinárias;


•urolitíase (cálculos urinários);


•cistites idiopáticas (infecções urinárias de causa desconhecida).


As obstruções urinárias consistem na obstrução parcial ou total da uretra do gato, através de cálculos ou através de rolhões uretrais, que se formam devido à descamação celular existente habitualmente na uretra. As fêmeas raramente obstruem pois a sua uretra é mais curta e mais larga que a dos machos.
 

 

Trata-se sempre de uma urgência veterinária, que requer a desobstrução imediata do animal através da sua algaliação. Se o animal não for algaliado de imediato poderá mesmo correr risco de vida, pois os produtos tóxicos eliminados, habitualmente, na urina começam a acumular-se no organismo, intoxicando o animal. Se notar que o seu gato não urina, ou que urina tão pouco que praticamente não molha o areão do caixote, não espere pelo dia seguinte para o levar ao veterinário assistente – essa espera pode significar a sua morte!

Habitualmente estes animais necessitam de internamento durante algum tempo, dependendo da gravidade da situação. É essencial controlar as possíveis infecções urinárias que possam surgir através de antibióticos, bem como promover uma boa analgesia (alívio da dor) ao animal. Um animal com dor retrai-se e evita urinar. Nos casos recorrentes, pondera-se um tratamento cirúrgico – uretrostomia.


A urolitíase é outra das causas da FLUTD. Normalmente, os cálculos são identificados através de radiografia ou de ecografia. Habitualmente, estes gatos necessitam de fazer dietas especiais para dissolver os cálculos urinários. Se, mesmo assim, os cálculos não desaparecerem ou se estiverem presentes em grandes quantidades, torna-se necessária a sua remoção cirúrgica – cistotomia.

Por último, as cistites idiopáticas são diagnosticadas por exclusão de todas as outras possíveis causas de FLUTD. Acredita-se que haja uma componente de stress por detrás destas infecções urinárias. Os gatos são animais especialmente sensíveis a modificações na sua rotina diária. Alterações de comida, alterações de horários, introdução de um outro animal, mudança de areão, número insuficiente de caixotes (aconselha-se pelo menos um caixote por animal, nunca menos) são tudo pequenas mudanças que a nós nos pode parecer insignificante, mas que pode ser uma fonte de grande stress para o seu animal. Os gatos com cistites idiopáticas têm os sinais habituais de FLUTD e, normalmente, requerem um tratamento com analgesia. Nos casos mais recorrentes, pode-se mesmo optar pelo uso de fármacos que diminuam os níveis de stress do gato.


Nos casos recorrentes, aconselhe-se com o seu médico veterinário sobre quais as melhores medidas a tomar.

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COMPLEXO GENGIVITE-ESTOMATITE FELINA

O complexo gengivite-estomatite é uma patologia da cavidade bucal que afecta, essenciamente, a gengiva e o arco glossopalatino (curvatura posterior da mandíbula). Atinge, maioritamente, os gatos, independentemente da sua idade.






Esta afecção tem uma origem multifactorial. São três os factores causadores de gengivite-estomatite:


•factor bacteriano: as bactérias naturalmente existentes na boca, provocam infecção e inflamação da gengiva;


•factor viral: vírus como o da Leucose Felina (FeLV) e da Imunodeficiência Felina (FIV), predispõem ao seu aparecimento;


•factor auto-imune: o organismo do animal reage contra os seus próprios constituintes.


Por ter uma etiologia tão complexa, torna-se muito difícil uma cura a 100%.


Os sintomas mais frequentes são:

•anorexia;


•hipersalivação;


•dor intensa na boca;


•inflamação da gengiva;


•úlceras;


•mau hálito.


O tratamento da gengivite felina passa pelo uso de antibióticos e fármacos imunossupressores. É essencial a remoção do tártaro, bem como a limpeza do sulco gengival. Se o animal persistir nos sintomas pode-se optar pela extracção parcial ou total dos dentes. De qualquer modo, mesmo com a extracção dos dentes, grande parte dos gatos continua a necessitar de medicação, pois em quase todos passa a ser um problema crónico.

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AFINAL, DE QUEM É A CAMA?


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O RISCO ESTÁ NO "PRATO" OU NO GATO?

A toxoplasmose é uma zoonose que tem diversas fontes de infecção.

Ao contrário do que muitos pensam, as fezes frescas de gatos não são fontes de infecções.
Os gatos infectam-se pela ingestão de presas contaminadas, água contaminada e ingestão de carne crua ou mal cozida. Eles têm o papel central na infecção por serem o único animal de sangue quente que elimina nas fezes os oocistos do parasita que pode vir a contaminar pessoas e outros animais.
Esses oocistos precisam ficar em média três dias no ambiente para que se tornem infectantes.

Assim sendo, fezes frescas de gato, não apresentam risco de infecção.
Como os gatos são animais extremamente limpos e durante a infecção raramente apresentam diarréia, diminui o risco de ficarem resíduos fecais na sua pelagem, sendo assim, a possibilidade de transmissão para o homem pelo ato de tocar ou acariciar um gato é mínima ou inexistente.

Mordidas e arranhões também são improváveis meios de transmissão.
Outro fato importante é que gatos que entram em contato com o protozoário pela primeira vez, eliminam os oocistos nas fezes por uma a duas semanas e então desenvolvem imunidade que pode durar até seis anos.
Durante esse período, mesmo sendo novamente expostos à infecção, não eliminarão os oocistos nas fezes, ficando impossível a transmissão para o homem e demais animais.
Diversos estudos têm demonstrado que possuir um gato como animal de estimação, ter contato com os gatos perto de casa ou trabalhar com gatos num hospital veterinário não aumentam as chances de contrair toxoplasmose.
Evitar contato com o gato não significa evitar a infecção.
A principal fonte de infecção para o homem é o consumo e contato com carnes cruas e mal cozidas contendo oocistos do parasita.

Entre carnes consumidas, a suína é considerada a maior fonte de infecção, pois o parasita pode sobreviver no animal por mais de um ano.
O homem também pode ser infectado por via transplacentária e água contaminada com os oocistos.

Assim, a melhor forma de evitar a toxoplasmose é:
- não ingerir carne crua ou mal cozida;
- não alimentar o gato com carne crua ou mal cozida...é melhor alimentá-lo com rações industrializadas:
- lavar bem as mãos e utensílios de cozinha com água morna após a manipulação de carne crua;
- usar luvas para mexer na terra de vasos e jardins;
- evitar a manipulação de carne crua...se não for possível, usar luvas;

- lavar bem frutas e verduras;
- trocar a caixa de areia dos gatos diariamente;
- manter sempre os gatos dentro de casa para evitar o hábito de caça.


Médica Veterinária responsável: Drª Claudia Vanessa B. Rodrigues - CRMV – SP 1582



Adaptado do site www.sava.org.br