Juju - a dona do pedaço

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JUJU - a dona do pedaço

Família de Peludos

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"Este blog é feito com muito carinho. Nasceu da vontade de compartilhar

experiências, textos, conhecimentos, dicas a partir da convivência com felinos;

de descobrir como as pessoas em diferentes partes do mundo convivem com esses seres fascinantes.

A família vai adorar que você deixe um comentário.

Entre e fique à vontade... "



quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A longa e (incompleta) domesticação do gato


Às vezes, ele é alheio ou carinhoso; outras, sereno ou arisco; ou ainda, encantador ou irritante. Entretanto, apesar da natureza volúvel, o gato doméstico é o animal de estimação mais popular do mundo. Um terço dos lares americanos tem felinos, e mais de 600 milhões de gatos vivem entre os homens em todo o mundo. Mesmo assim, por mais familiares que esses animais sejam, é difícil comprovar totalmente suas origens. Enquanto outros animais selvagens foram domesticados devido ao leite, à carne, à lã ou ao trabalho, os gatos não contribuem praticamente em nada para as ações humanas em termos de sustento ou trabalho. Como, então, se tornaram tão comuns em nossos lares?

Os estudiosos já acreditavam há muito tempo que os antigos egípcios foram os primeiros a manter o gato como animal de estimação, há cerca de 3.600 anos. Mas as descobertas genéticas e arqueológicas feitas nos últimos cinco anos revisaram esse cenário – gerando conceitos mais atualizados tanto sobre a ancestralidade do gato doméstico quanto sobre a evolução de seu relacionamento com os seres humanos.


Cama-de-gato


A questão sobre o local de origem dos gatos é difícil de desvendar por vários motivos. Embora vários investigadores suspeitassem que todas as variedades descendiam apenas de uma única espécie – Felis silvestris, o gato selvagem – não podiam ter certeza.


Além disso, essa espécie não está confinada a um pequeno canto do globo. É representada por populações que ocupam todo o Velho Mundo – da Escócia à África do Sul e da Espanha à Mongólia –, e até recentemente os cientistas não tinham como determinar, precisamente, quais dessas populações de gatos selvagens deram origem ao tipo mais manso, o chamado gato doméstico.


Scientific American Brasil -A ciência como você nunca viu

Carlos A. Driscoll, Juliet Clutton-Brock, Andrew C. Kitchener e Stephen J. O’Brien Carlos




A HIERARQUIA DOS GATOS

Embora as relações sociais dos gatos se tenham alterado com a convivência com o homem, eles mantêm ainda muitos dos traços dos seus parentes afastados.

Geralmente, a sociedade dos gatos é essencialmente matriarcal. A fêmea que possui a maior prole ocupa o lugar mais alto na estrutura hierárquica, gozando de privilégios como o acesso ao alimento. No entanto, quando não têm filhos o seu estatuto social cai bruscamente.

Os machos ocupam o seu lugar na comunidade da forma que sabem melhor: recorrendo mais à força dos músculos! Os machos mais agressivos lutam constantemente pelo poder e supremacia no seu grupo.

Ao contrário do que sucede com alguns animais como os macacos e veados, os gatos dominantes não possuem necessariamente grandes haréns.

As fêmeas não permitem que qualquer "espertalhão" lhes faça a corte. Muitas vezes preferem os machos bem situados na pirâmide social do poder.

Curiosamente, os machos dominantes ocupam as maiores parcelas de terreno, o que indica que a terra, mais do que o harém significa estatuto social na sociedade dos felinos.

Os machos castrados ocupam sempre o último degrau da escala social.

Um macho começa a perder a sua posição na comunidade assim que é castrado.

Depois da operação, a quantidade do hormônio sexual masculino (testosterona), reduz-se no sangue e o penetrante odor masculino da urina desaparece.

À medida que este processo evolui, o animal vai descendo na escala social.

O que não significa que os gatos castrados não possam lutar, mas a verdade é que perdem muita da sua agressividade.

Para os seus pares, o odor enfraquecido do macho castrado é um sinal de perda de "masculinidade".

As relações hierárquicas dos gatos assumem proporções ainda mais.

Enquanto que todos os animais sociais estão hierarquizados num clã ou numa matilha, conhecendo cada um o nível hierárquico dos companheiros, os gatos, não sendo sociais e gregários por natureza, desenvolvem apenas uma forma restrita de hierarquia. Esta é em grande medida, relativa ao espaço e ao tempo.

Num agrupamento de gatos existe normalmente um macho ou fêmea hiperdominante e outros hiperdominados pelo grupo.

Nos restantes a maleabilidade é muito maior e não existe uma relação de dominância clara. Uma sociedade de extremos!

http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/a_hierarquia_dos_gatos/107#tell_friend